GENTIANACEAE

Schultesia guianensis (Aubl.) Malme

LC

EOO:

5.797.834,866 Km2

AOO:

732,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil, ocorrendo amplamente distribuída na América (Cuba, México, Guatemala, Honduras, Belize, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Venezuela, Trinidad, Guiana, Brasil e Peru) (citada por Rutter sem localidade definida) e na Africa (Senegal e Madagascar) (Guimarães, 2002). No Brasil, a espécie ocorre nas regiões Norte (Roraima, Pará, Amazonas, Acre), Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Bahia, Sergipe),Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul), Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro) (Guimarães; Saavedra, 2012). Foi registrada em altitudes de até 700 m (Serra do Roncador, Ceará) (Guimarães, 2002).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Tainan Messina
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Categoria: LC
Justificativa:

?A espécie é amplamente distribuída e ocorre em diferentes fitofisionomias. Também foi apontada como espécie invasora no Estado de Pernambuco (Andrade-Lima, 1967) e considerada muito venenosa (Schwacke, 1878, etiq. herb R). É citada por populares como tóxica para o gado. A espécie não está sob risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Conhecida popularmente como "mata-zombando", "tingui" (Ceará e Piauí), "cravinha-do-campo" (Ilha de Marajo), "canchalagua" (Costa Rica), entre outros, é uma espécie com grande amplitude de variações morfológicas, o que pode ser atribuído a sua ampla distribuição em diversos tipos distintos de ambientes (Guimarães, 2002).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A espécie possui potencial valor econômico, uma vez que é amplamente utilizada pela medicina popular na região amazônica no combate a dores de estomago (a partir da decoção das raízes) e apirexia (febres e tosses) (Guimarães, 2002; com. pess.). Poderá vir a ser explorada pela industria farmacêutica para a confecção de remédios (Guimarães, com. pess.).

Ecologia:

Biomas: Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado
Fitofisionomia: Ocorre em savanas com areias brancas úmidas (Cuba), terrenos graminosos abertos (Trinidad), capinzais alagados ou depressões úmidas; No Brasil a espécie habita campos úmidos, em terra firme com solo argiloso; no Pará, foi registrada em afloramentos férricos com predomínio de vegetação graminosa, campos alagados e restingas (Guimarães, 2002).
Habitats: 2.1 Dry Savanna, 2.2 Moist Savana, 4.5 Subtropical/Tropical Dry Lowland, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 5.2 Seasonal/Intermittent/Irregular Rivers/Streams/Creeks, 5.3 Shrub Dominated Wetlands, 5.4 Bogs, Marshes, Swamps, Fens, Peatlands, 5.6 Seasonal/Intermittent Freshwater Lakes [over 8 ha]
Detalhes: Planta herbácea, terrícola, rupícola ou saxícola; heliófita, raramente ciófila (Guimarães, 2002); ocorre em Savanas com areias brancas úmidas (Cuba), terrenos graminosos abertos (Trinidad), capinzais alagados ou depressões úmidas; No Brasil a espécie habita campos úmidos, em terra firme com solo argiloso; no Pará, foi registrada em afloramentos férricos com predomínio de vegetação graminosa, campos alagados, restingas (Guimarães, 2002). Registrada com flores de janeiro a outubro e com frutos de maio a setembro (Guimarães, 2002).Foi apontada como espécie invasora no Estado de Pernambuco (Andrade-Lima, 1967). Planta considerada muito venenosa (Schwacke, 1878, etiq. herb R). É citada por populares como tóxica para o gado. Guimarães (com. pess.) afirma que a espécie possui capacidade de rebroto. É uma erva indicadora de pastagens batidas (Guimarães, 2002).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Criticamente em Perigo" (CR) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Espirito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie é protegida em unidades de conservação (SNUC) nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste (Guimarães, 2002).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​A espécie é amplamente utilizada pela medicina popular na região amazônica no combate a dores de estomago (a partir da decoção das raízes) e apirexia (febres e tosses) (Guimarães, com. pessoal).